A CPRE é um procedimento endoscópico especializado utilizado para acessar e tratar problemas nos canais biliares e pancreáticos. Por meio de um endoscópio avançado associado a imagens de Raio X, o médico consegue identificar obstruções, estreitamentos e outras alterações que afetam o fluxo da bile e das secreções pancreáticas. Por ser um método minimamente invasivo com grande precisão terapêutica, a CPRE é frequentemente indicada quando há necessidade de intervenção imediata, como retirar cálculos, desobstruir ductos ou permitir a drenagem adequada.
A CPRE é um exame que combina endoscopia e radiologia para avaliar diretamente o interior dos ductos biliares e pancreáticos. Ela permite que o médico introduza um cateter através da papila duodenal, injete contraste e visualize os canais em detalhes, detectando bloqueios, cálculos, estenoses ou vazamentos de bile. Ao contrário dos exames puramente diagnósticos, a CPRE tem caráter predominantemente terapêutico: no mesmo momento em que identifica o problema, o médico já pode realizar intervenções como retirada de pedras, colocação de próteses (stents), corte da papila (papilotomia) ou manejo de fístulas. Trata-se de uma abordagem resolutiva e de alto impacto para condições que exigem ação rápida e precisa.
O procedimento de CPRE é realizado em ambiente hospitalar, com o paciente sob anestesia. O médico insere um endoscópio especial de visão lateral (duodenoscópio) pela boca, passando pelo estômago até o duodeno (intestino delgado). Ali, localiza-se a Papila duodenal, a abertura onde os canais biliares e pancreáticos desembocam. Um cateter fino é inserido nesta abertura para injetar um contraste à base de iodo. Com o auxílio de Raios-X (fluoroscopia), esse contraste realça os canais, permitindo ao médico visualizar um mapa e identificar cálculos, fístulas ou obstruções. A partir dessa visualização, o médico pode realizar as intervenções terapêuticas necessárias.
O preparo para a CPRE é essencial e inclui jejum absoluto de 8 horas. O paciente deve informar ao médico sobre todos os medicamentos de uso contínuo, especialmente anticoagulantes, e sobre alergias, principalmente ao iodo, usado no contraste. O procedimento geralmente é realizado em regime de internação hospitalar e após sua recuperação é monitorada, pois o exame é feito sob anestesia. A presença de um acompanhante adulto é obrigatória para a alta. Não é permitido dirigir nas 24 horas seguintes.
A CPRE é indicada quando há necessidade de uma intervenção terapêutica nos canais biliares ou pancreáticos. Embora possa ser usada para diagnóstico, seu principal valor está no tratamento de obstruções. A avaliação de exames prévios (como ressonância ou ecografia) define a necessidade do procedimento.
Esta é a indicação mais frequente para a CPRE. A coledocolitíase ocorre quando cálculos (pedras) geralmente formados na vesícula, migram e ficam presos no canal biliar principal (colédoco). Esse bloqueio impede a passagem da bile, podendo causar dor intensa, icterícia (pele e olhos amarelados) e infecções graves (colangite) ou inflamação do pâncreas (pancreatite aguda). Durante a CPRE, o médico realiza a papilotomia (um pequeno corte para alargar a abertura do canal) e utiliza balões extratores ou cestas (baskets) para remover os cálculos, restaurando o fluxo biliar.
Para tratar as estenoses, a intervenção mais comum é a colocação de próteses, também chamadas de stents. Esses são pequenos tubos, que podem ser de plástico ou metálicos, inseridos no local do estreitamento. O stent funciona como uma “ponte”, mantendo o canal aberto e garantindo que a bile ou o suco pancreático possam fluir livremente, aliviando a icterícia e melhorando a qualidade de vida do paciente.
Quando a CPRE, através do Raio-X, identifica uma estenose ou lesão suspeita de tumor, ela permite a coleta de material para diagnóstico. O médico pode passar pequenas escovas (para citologia) ou pinças de biópsia para coletar amostras de tecido do local suspeito. Embora a Ecoendoscopia seja o método de eleição para biópsias de pâncreas, a CPRE é vital para lesões dentro dos dutos.
A CPRE também é indicada para o tratamento de fístulas biliares, que são vazamentos de bile que podem ocorrer, mais comumente, como complicação de cirurgias (especialmente a retirada da vesícula). Nesses casos, o médico utiliza a CPRE para identificar o local do vazamento e inserir um stent, que ajuda a direcionar a bile para o intestino e facilita a cicatrização da fístula.
É fundamental entender a relação entre os dois exames. A CPRE é o procedimento-base, a “plataforma” que dá acesso aos canais biliares usando o Raio-X.
A Colangioscopia por SpyGlass™️ é uma extensão da CPRE , um procedimento adicional que pode ser realizado durante a CPRE. Se a imagem da CPRE for inconclusiva (ex: um cálculo muito grande ou um estreitamento suspeito), o Dr. Tomazo pode inserir a microcâmera do SpyGlass™️ dentro do canal biliar para obter uma visualização direta, o que permite diagnósticos mais precisos e tratamentos mais complexos.
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A Colangioscopia é um exame de vídeo avançado, realizado durante a CPRE , que permite ao médico visualizar diretamente o interior dos canais biliares e pancreáticos. Ela é indicada principalmente para diagnosticar lesões suspeitas (permitindo biópsias precisas) e para tratar casos complexos, como cálculos (pedras) grandes ou de difícil remoção.
Não. O foco de atuação do Dr. Tomazo não são as consultas de gastroenterologia clínica. Sua agenda é dedicada a consultas para avaliação pré-procedimento, ou seja, para avaliar pacientes que têm indicação de realizar exames endoscópicos diagnósticos ou terapêuticos.
O Dr. Tomazo foca em procedimentos endoscópicos avançados, com destaque para a endoscopia biliopancreática (CPRE e Ecoendoscopia) e a Colangioscopia por SpyGlass™️. Além disso, realiza outros procedimentos de grande relevância diagnóstica e terapêutica, como a Colonoscopia (para rastreamento de câncer e remoção de pólipos) e a Endoscopia Digestiva Alta.
Ele realiza atendimentos e procedimentos em locais de referência em São Paulo (Capital), como o Hospital Nove de Julho e o Hospital Vila Nova Star, e também na cidade de Limeira (SP), na Gastrocentro Limeira e no Hospital Unimed Limeira.
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