Procedimentos

Ecoendoscopia

A Ecoendoscopia, também conhecida como Ultrassonografia Endoscópica (EUS), é um dos exames mais avançados e precisos da gastroenterologia moderna. O procedimento combina em um único aparelho a visualização direta da endoscopia com o poder de diagnóstico do ultrassom. O Dr. Tomazo Franzini é especialista na realização da ecoendoscopia, utilizando-a como uma ferramenta de alta complexidade, muitas vezes correlata à CPRE, para o diagnóstico detalhado e o estadiamento de doenças do pâncreas, vias biliares e do próprio tubo digestivo.

O que é o Procedimento de Ecoendoscopia?

A Ultrassonografia Endoscópica (EUS) é um exame híbrido. Diferente de uma endoscopia digestiva alta ou colonoscopia convencionais, que avaliam apenas a camada mais superficial (mucosa) dos órgãos, o ecoendoscópio possui um pequeno transdutor de ultrassom em sua ponta. Isso permite ao médico a visualização de camadas mais profundas da parede do esôfago, estômago, duodeno ou reto. O resultado é uma imagem em alta resolução não só de todas as camadas da parede do tubo digestivo, mas também dos órgãos e estruturas vizinhas, como o pâncreas, fígado, vesícula biliar, linfonodos (gânglios) e vasos sanguíneos.

Como é Realizada a Ultrassonografia Endoscópica?

O procedimento de ecoendoscopia é realizado com o paciente sob sedação ou anestesia para garantir total conforto. Assim como os exames de Endoscopia Digestiva Alta e Colonoscopia. O exame pode ser dividido em duas modalidades principais:

Ecoendoscopia Alta: Este é o tipo mais comum. O aparelho é inserido pela boca e posicionado estrategicamente no esôfago, estômago e duodeno (primeira parte do intestino). A partir dessas localizações, o ultrassom é usado para examinar detalhadamente o pâncreas, as vias biliares, a vesícula biliar e os linfonodos do mediastino (tórax).

Ecoendoscopia Baixa: O aparelho é introduzido pelo ânus para avaliar as camadas da parede do reto e do cólon sigmoide. Este exame é crucial para o estadiamento (avaliação da extensão) de tumores retais ou para investigar lesões profundas na parede intestinal.

Preparo, Pós-Procedimento e Recuperação da Ecoendoscopia

O preparo para a Ecoendoscopia é semelhante ao de uma endoscopia, exigindo jejum absoluto por um período determinado de 8 horas. Para a Ecoendoscopia Baixa, será necessária uma preparação intestinal (limpeza do cólon). É crucial informar ao médico sobre o uso de medicamentos, especialmente anticoagulante. Como o exame é feito sob sedação, a presença de um acompanhante adulto é obrigatória para a alta. O paciente acorda em uma sala de recuperação e, embora o procedimento geralmente dure menos de uma hora, não é permitido dirigir ou tomar decisões importantes no restante do dia.

Principais Indicações do Procedimento de Ecoendoscopia

A ecoendoscopia é um exame complementar, frequentemente solicitado para esclarecer dúvidas de exames anteriores, como tomografias ou ressonâncias. Suas indicações são divididas em diagnósticas e terapêuticas (intervencionistas).

Estadiamento de Câncer (Diagnóstico)

Esta é uma das principais indicações da ecoendoscopia. É o método mais preciso para o estadiamento local de tumores do esôfago, estômago, pâncreas e reto. O exame avalia com exatidão o tamanho do tumor, o grau de invasão nas camadas da parede do órgão e se há linfonodos (gânglios) comprometidos ao redor, informações vitais para definir o tratamento e se o câncer é ressecável cirurgicamente.

Biópsia Guiada por Ecoendoscopia (PAAF)

Esta é a principal aplicação intervencionista da ecoendoscopia. O aparelho permite ao médico guiar uma agulha fina (Punção Aspirativa por Agulha Fina – PAAF) em tempo real, através da parede do estômago ou duodeno, e entrar com segurança em lesões. Isso permite a coleta de tecido (biópsia) ou líquido de tumores no pâncreas, linfonodos suspeitos ou lesões císticas. A PAAF guiada por ecoendoscopia é fundamental para confirmar o diagnóstico de câncer pancreático antes de definir a quimioterapia ou a cirurgia.

Investigação de Doenças Biliopancreáticas

A ecoendoscopia é extremamente sensível para investigar o pâncreas e as vias biliares. É o melhor exame para detectar microlitíase biliar (cálculos ou “barro” biliar muito pequenos na vesícula ou nos canais) que não são vistos no ultrassom comum e que podem ser a causa de pancreatite aguda de repetição (sem causa aparente) ou cólica biliar. Também é o método de escolha para avaliar cistos e nódulos pancreáticos, ajudando a diferenciar lesões benignas de lesões pré-malignas ou malignas.

Avaliação de Lesões Subepiteliais

O exame é usado para estudar nódulos que crescem abaixo da superfície (mucosa) do estômago ou esôfago. A ecoendoscopia identifica de qual camada da parede a lesão se origina e suas características, o que é essencial para o diagnóstico diferencial de tumores.

Intervenções Terapêuticas Avançadas

Além da PAAF, a ecoendoscopia terapêutica pode ser usada para realizar drenagens de coleções líquidas, como pseudocistos pancreáticos ou abscessos. Outra aplicação é a neurólise do plexo celíaco, um procedimento para alívio da dor crônica em pacientes com câncer de pâncreas.

Perguntas frequentes

Procedimentos minimamente invasivos para diagnóstico e tratamento de alta complexidade do aparelho digestivo.

O que é a Ecoendoscopia? É o mesmo que uma endoscopia normal?

Não. A Ecoendoscopia (ou Ultrassonografia Endoscópica) é um exame que combina duas tecnologias: a endoscopia (câmera) e a ultrassonografia (ecografia). Enquanto a endoscopia digestiva comum avalia apenas a camada interna (mucosa) do órgão, o ecoendoscópio permite a visualização da parede do tubo digestivo, analisando todas as suas camadas e, o mais importante, os órgãos adjacentes, como o pâncreas, fígado, vesícula biliar e linfonodos.

A Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAAF) é o principal procedimento terapêutico realizado durante a ecoendoscopia. Se o médico identifica uma lesão suspeita (como um tumor no pâncreas ou um linfonodo aumentado), ele pode usar o ultrassom para guiar com precisão uma agulha através da parede do estômago ou duodeno e entrar no alvo. Isso permite coletar amostras de tecido (biópsia) ou líquido para um diagnóstico definitivo, como o de câncer.

Não. O procedimento de ecoendoscopia é feito sob sedação ou anestesia, para que o paciente relaxe e não sinta dor ou desconforto.

O preparo depende de qual área será examinada. Para a ecoendoscopia alta, é necessário um período de jejum (não comer ou beber). Para a ecoendoscopia baixa (retal), é preciso uma limpeza intestinal (preparo). Após o exame, o paciente acorda em uma sala de recuperação. Como o procedimento usa sedação, é obrigatório ter um acompanhante para a alta, e o paciente não pode dirigir ou realizar tarefas complexas no restante do dia.

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